Comunitas lança pesquisa BISC e traz dados sobre investimento social na pandemia


O BISC, valiosa ferramenta de gestão social liderada pela Comunitas, apresentou hoje (10) os últimos dados do investimento social corporativo brasileiro. Este ano o relatório se debruçou, dentre outras pautas, sobre a experiência do Investimento Social Corporativo das empresas e institutos/fundações empresariais da Rede BISC durante enfrentamento à pandemia de Covid-19.

Em 2019, as 303 empresas e 18 institutos e fundações empresariais participantes da pesquisa BISC, investiram R$ 2,5 bilhões. Já em 2020, a Rede BISC investiu até meados de julho, cerca de R$ 2 bilhões em ações de enfrentamento à Covid-19 – 1/3 do total alocado pelo setor privado, segundo o Monitor de Doações.

 

“O BISC é formado por uma rede que sempre gerou um impacto social enorme, que durante a pandemia ampliou, ainda mais, a atuação. O intuito da pesquisa em 2020 é retratar não somente os dados, mas, também, como o investimento social se comportou durante esse ano, com um retrato especial ao período da pandemia e o legado deixado pelas parcerias entre a iniciativa privada e o setor público. Este relatório BISC retratou um Brasil que faz acontecer em conjunto e que pensa em uma agenda de interesse coletivo para o futuro”

Regina Esteves, diretora-presidente da Comunitas

 

O lançamento, realizado virtualmente, foi prestigiado por um público de mais de 140 pessoas, e, além da presença de Regina Esteves, contou com participação de Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, e de Anna Peliano, coordenadora do BISC e responsável por apresentar os dados.

 

 “Acredito que durante a pandemia tivemos três legados especiais. O primeiro, em inovar no formato de trabalho, que permitiu uma celeridade nas parcerias entre a iniciativa privada e setor público que nunca vimos antes. O segundo, a inovação no método de parcerias – à exemplo da fábrica de vacina (apoiada pela Comunitas), onde a iniciativa privada concederá ao governo uma estrutura pronta para uso. E o terceiro legado de fortalecimento das organizações sociais, que passava por um momento de descrédito nos últimos anos. Para mim, o papel do setor social é fundamental e inegociável.”

Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo

 

Executivos sociais de importantes empresas brasileiras que integram a rede BISC também participaram do encontro, como Pâmella De-Cnop, gestora geral da Fundação Vale; Angela Dannemann, CEO do Itaú Social; Daniela Redondo, diretora-executiva do Instituto Coca-Cola; Cloves Carvalho, diretor-executivo do Instituto Votorantim; e Paulo Boneff, head de Responsabilidade Social Corporativa da Gerdau. As lideranças compartilharam os principais desafios e aprendizados obtidos pelas empresas durante enfrentamento à pandemia de Covid-19.

Experiências e legado

Para Pâmella De-Cnop, da Fundação Vale, a pandemia alterou a forma de atuação das organizações, que estavam em um movimento de estruturar o investimento social ao longo dos últimos anos. “Em 2020, passamos a voltar esforços também em ações de urgência. O que deve pautar o futuro da gestão social é conseguir unir essas duas linhas de atuação, com a continuação do investimento de longo prazo mantendo um olhar atento para as necessidades mais imediatas”.

Assista: BISC 2020 – Especial #Covid19 | Cloves Carvalho, diretor executivo do Instituto Votorantim

Na opinião de Cloves Carvalho, do Instituto Votorantim, a vivência na pandemia ensinou que é preciso combinar a dialética entre uma agenda transversal e o olho diagnóstico focal. “Precisaremos trabalhar em paralelo entre o legado e o emergencial. Outro aprendizado é que não podemos mais falar somente em social, mas sim em socioambiental. Os dois precisam andar atrelados, assim como a estratégia de negócios da empresa e a gestão dos investimentos sociais também precisam”, explicou.

Assista: BISC 2020 – Especial #Covid19 | Maurício Mattar, diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo

Representando a Gerdau, Paulo Boneff também participou do encontro e valorizou as ações desempenhadas pela rede. “O voluntariado foi um dos programas que fortalecemos durante esse período de pandemia, com a implementação de iniciativas de caráter virtual. Acredito que essa pode ser uma tendência para o futuro da empresa, mas que não irá competir com o presencial e, sim, complementar”.

Assista: BISC 2020 – Especial #Covid19 | Carlos Almiro Melo, head de Sustentabilidade da BRK

Já para Angela Dannemann, do Itaú Social, o que fez a diferença do trabalho realizado durante a pandemia foi o esforço em prol de um trabalho colaborativo. Para ela, os próximos passos do investimento social devem incluir a conservação e fortalecimento das parcerias firmadas, que resultam em mais agilidade na implementação de iniciativas.

Assista: BISC 2020 – Especial #Covid19 | Paulo Boneff, head de Responsabilidade Social da Gerdau

Por último, Daniela Redondo trouxe dois aprendizados obtidos pela experiência da Coca-Cola no enfrentamento à pandemia. “A primeira lição é que não há atuação em conjunto se não há construção de vinculo. A segunda é que às vezes ficamos pensando em modelos de governança super estruturados, mas o conjunto de fatores como autonomia, transparência, flexibilidade, conceitos modernos, hierarquizados e inspirados em sociocracia faz a diferença. Com essas condições se monta uma governança do dia para a noite de forma simplificada”.

 

>>  Clique aqui e confira todos os dados de destaque do BISC 2020.

 

>> Clique aqui e confira o BISC no jornal Valor Econômico.

 

>> Clique aqui e assista ao vídeo completo do lançamento dos destaques BISC 2020.

 

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