loading

Com apoio da Comunitas, empresas se mobilizam e doam R$ 162 milhões para garantir a construção da nova fábrica do Instituto Butantan

Meta de arrecadação proposta de R$ 160 milhões foi superada em R$ 2 milhões na tarde desta terça-feira (02 de fevereiro). Recursos vão possibilitar independência para a produção de vacinas no Brasil

O governo do Estado de São Paulo, por meio da InvestSP, Fundação Butantan e em parceria com a organização social Comunitas, conseguiu na tarde desta terça-feira (02 de fevereiro) bater a meta de captação de recursos para custear integralmente a obra da nova fábrica da Coronavac do Instituto Butantan. Foram arrecadados R$ 162 milhões, com doações de 33 grandes empresas.

Leia também: Regina Esteves na Exame | Ciência x crenças: a necessidade do pacto coletivo contra a covid-19

As obras de montagem e ampliação da nova fábrica de vacinas tiveram início no dia 02 de novembro.  Ela será batizada com o nome de Centro Multipropósito Para Produção de Vacinas (CMPV). A estrutura física do prédio já existe, mas está sendo adaptada, ampliada e modernizada para a produção totalmente nacional da vacina, eliminando a necessidade de importação do IFA (Insumo Farmacéutico Ativo), matéria-prima que dá origem ao imunizante Coronavac.

A Coronavac é fruto da parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac. Com a transferência de tecnologia e a ampliação das instalações, o Butantan terá independência produtiva do imunizante e capacidade estimada de cerca de 100 milhões de doses fabricadas por ano.

A nova fábrica, de 7 mil m², será quase quatro vezes maior que a atual fábrica do Instituto Butantan, que tem 1.880 m². Além da Coronavac, a nova planta terá tecnologia para produzir também outros imunizantes. A estimativa é de que a obra dure em torno de dez a onze meses e esteja pronta em setembro. 

A organização da sociedade civil Comunitas é a responsável pelo processo de doações, em parceria com a InvestSP, a Fundação e Instituto Butantan e  empresas e entidades doadoras.

Até o momento, participam do processo de doação as seguintes empresas: Ambev, Americanas, Astellas, B2W, B3, Ball, Banco Daycoval, Bracell, Bradesco, BRF, BTG Pactual, Comgás, Cosan, Droga Raia, Fundação Casas Bahia, Fundo Social/Itaú, iFood, ISA CTEEP, JBS, Magalu, Minerva Foods, Novelis, Península, Rappi, Rede D´Or, Safra, Santander, Sinditêxtil, Sindusfarma, Stone, Vale, Votorantim e XP Investimentos.

Além das doações, empresas firmaram contratos de prestação de serviços probono. O escritório de advocacia Stocche Forbes está auxiliando na modelagem jurídica do projeto, a gestora de investimentos imobiliários Tishman Speyer está coordenando o projeto e a construção da fábrica e a consultoria de gente e gestão, Falconi, lidera o escritório de gerenciamento de projetos.

Um núcleo de governança foi criado para gerir o processo de estruturação da nova fábrica. Ele é composto de 12 membros e conta com a participação de representantes de entes públicos, privados e da sociedade civil. O núcleo coordena quatro comitês divididos por áreas: recebimento de fundos para a nova fábrica, modelagem jurídica e compliance, execução da obra e montagem e comunicação.

“A pandemia do coronavírus fez com que a sociedade despertasse para uma nova realidade: somente trabalhando junto e unindo esforços públicos e privados conseguiremos superar o vírus”, diz Regina Esteves, diretora-presidente da Comunitas. Foi a partir desta convicção que o governo do Estado de São Paulo, a Comunitas e as grandes empresas se mobilizaram e criaram um pacto coletivo para produzir a vacina contra a Covid-19 em larga escala e tentar barrar de vez a contaminação. “Acredito que este é um dos maiores projetos de governança compartilhada já existentes no Brasil”, completa Regina Esteves.

Leia também: Regina Esteves, da Comunitas, é uma das vencedoras do prêmio Empreendedor Social da Folha na categoria ‘legado’

Sem comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *